Apresentei a minha pesquisa para Cintia Napoli no Vila Artes Espaço de Dança no dia 21 de Julho, quinta-feira, das 19:30 às 21:30.
Mostrei a mesma seqüência de imagens internas dançadas por mim na 1ª Mostra, porém mais trabalhada e com movimentos mais limpos.
Feedbacks dela:
- Em vários momentos estou com olhar dissociado do corpo, isso fez com que perdesse a atenção dela em alguns momentos: recebi a observação dos orientadores da Casa Hoffmann que o meu olhar era interno demais na primeira mostra. Trabalhei isso, mas ainda existe um olhar que parece acompanhar o voar de um mosquito agitado, é um vício meu quando perco a integração da mente e do corpo.
- Tinha um movimento da cabeça mole o tempo inteiro, no início ela achou que era proposital, mas quando percebeu que em todas as movimentações ele permanecia, ela suspeitou que fosse algo sem tanta consciência: realmente foi sem consciência, na próxima vez darei mais atenção a isso.
- Assim como os orientadores da Casa Hoffmann, sentiu falta de silêncio e do respiro. Comentou que eu engato a primeira marcha e vou acelerando, acelerando, acelerando…
- Viu que tenho muito material corporal e vislumbrou um solo interessante.
Sugestão dela:
- Ela notou várias qualidades de movimentos, porém todos na mesma intensidade de energia. Por isso, assim como o Ailton Galvão, ela sugeriu não seguir a seqüência das imagens internas que tenho no momento.
- Orientou eu andar em lugares inusitados e sentir a vida, dançar em lugares diferentes da Casa Hoffmann ou Vila Arte Espaço de dança:
- Ir no parque, sentar da grama.
- Ir da rodo ferroviária e pisar sobre os pedregulhos.
- Ir no shopping e observar as pessoas.
Algumas observações nesse processo:
- Sentir como o ambiente interage, acrescenta e modifica o meu estado e a minha dança.
- Às vezes é legal ficar somente parado e observar o ambiente sem dançar.
- Outras vezes seria interessante dançar algumas das minhas imagens internas do solo e ver como ela desdobra no espaço.
Conclusões:
- Depois da 1ª Mostra e me ver dançando no vídeo, consegui distinguir melhor a qualidade de movimento de acordo com as imagens internas, o trabalho apresentado à Cintia estava mais elaborado;
- Ainda é um vômito de “inventários” (partituras), não é uma obra de arte, pois não possui uma dramaturgia definida, figurino, cenário, trilha sonora, etc.;
- Sinto que tenho inventário da temática morte o suficiente, agora preciso trazer no corpo a alegria da vida, o prazer, a paz de espírito, o suspiro, o silêncio, etc. Por isso, achei genial a sugestão da Cintia de visitar a VIDA pelo mundo a fora do estúdio da Casa Hoffmann.
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