20, 21 e 23 de julho de 2011 das 9h às 12h na Casa Hoffmann
Foi muito boa a oficina, ele trabalhou as imagens internas pessoais da vida desde a infância transformando-as em materiais cênicos. Acredito que toda obra, de certa maneira, é uma biografia do artista, então a oficina seria interessante para todos os bolsistas da Casa Hoffmann independente da natureza da sua pesquisa.
PRIMEIRO DIA:
- Ele fez seqüencia de atividades corporais e vocais para preparar cada participante na busca das imagens internas desde a sua infância.
- Depois anotamos no papel varias palavras que traduzem essas imagens.
- No fim utilizamos essas palavras para a criação de uma cena.
SEGUNDO DIA:
- Fez a mesma seqüência do dia anterior de atividade corporais e vocais, mas não precisamos revisitar as imagens internas.
- Logo em seguida fizemos um jogo em dupla:
- Um perguntava “quem é você?”;
- O companheiro respondia “algo”;
- O que perguntou precisaria dançar esse “algo”;
- O dançarino voltaria a perguntar “quem é você?”;
- recomeça a brincadeira (um somente responde e o outro sempre “pergunta e dança”)
Observação: depois de um tempo troca de papel.
- Foi distribuído papel e canetinhas coloridas onde cada um precisava responder em desenho a pergunta “quem é você?”
- Encontrar uma dupla e trocar os desenhos. Agora precisaria criar uma partitura de dança (inventário) a partir do desenho biográfico do companheiro.
- Apresentação cênica da dupla seguindo uma ordem:
- Começa costas com costas e desenvolve a partituras individualmente;
- Depois de um tempo um influência o movimento do outro;
- Em algum momento ocorre um encontro e começa uma improvisação com contato;
- Finalização.
TERCEIRO DIA:
- Bate papo da experiência dos dois dias anteriores,
- Massagem em dupla, um faz e outro recebe. Depois troca de papel.
- Exercício do olhar em dupla. Um conduz pelas costas o companheiro que está de olhos fechado por meio de toque de dedo com sinais codificados (frente, direita, esquerda, elevar nivel, baixar nivel). Quando o condutor retirar o dedo das costas do conduzido, este abre os olhos. Depois reconduz para outro lugar para mostrar outra paisagem. Após apresentar varias imagens, o conduzido de olhos abertos precisaria dançar as lembranças e as sensações que ficaram dessas paisagens, o condutor dançará em frente em espelho olhando sempre nos olhos do companheiro.
- Bate papo sobre a experiência do exercício do olhar.
- Assistimos o vídeo gravado no primeiro e o segundo dia.
CONCLUSÕES:
- Achei proveitosa a oficina, pois ela se relaciona com o processo criativo que estou vivendo na pesquisa do meu solo. Precisei juntar várias imagens internas de morte e transformar elas em partituras (inventários).
- O trabalho do segundo dia é muito intenso, pois ele por si cria uma dramaturgia que se transforma em um esquete cênico.
- O exercício do terceiro dia foi interessante:
- O conduzido foca a atenção nas costas, pois é nela que fica os toques com os códigos de condução, no entanto, quando esse toque na costas é retirado e chega o momento de abrir os olhos, é como se toda a energia voltasse para a frente para receber a paisagem sem pretensão e preconceito. As cores e as formas possuem outra vida, foi uma sensação muito diferente.
- Também descobri que dançar lembranças de imagens com uma pessoa fitando no meu olhar é difícil, pois o olhar penetrante de uma pessoa tira o nosso olhar da imagem interna, então precisei abstrair sensações dos quadros de imagens internas como calor, duro, cheiro, etc. para poder dançar com uma pessoa que olha nos meus olhos.
- Toda oficina clareou melhor o meu aprendizado em relação da minha dança, imagem externa, imagem interna, processo de criação e o estudo do olhar.
- Acho que a oficina complementou na prática o artigo teórico que li na semana passada chamado O Encontro da Heloisa Neves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário