Semana passada fiz a oficina da Mariana Gomes. Ela trabalhou com os arquétipos energéticos do teatro nó: velho (ou bêbado), gueixa e samurai. A oficina da Mariana complementou a oficina da Olga que foi ministrada em maio e me ajudou a entender melhor a presença cênica do interprete. A relação de troca energética entre o interprete, ambiente e o público. Foram muitas informações, mas algumas ficaram bem marcantes:
- O momento que antecede a movimentação e que o corpo do ator/bailarino fica com energia latente e vibrante. Compreendi que podemos canalizar essa energia em movimentos variados de acordo com a decisão/intenção. Assim, vejo que os arquétipos energéticos do velho, gueixa e samurai abrem muitas possibilidades como material criativo.
- A relação do olhar como a última vértebra do coluna. Pela analogia a essa informação dada pela Mariana, compreendi que o esfíncter perto do chakra básico seria a primeira vértebra da coluna. Sinto que o meu corpo utiliza a “energia” da terra que passa pela minha coluna vertebral inteira (a vibração energética do samurai usa essa relação da terra com muita precisão).
- A dica da Mariana que de que os espetáculos podem ser divididos basicamente em dois dentro do processo de criação: o “cronológico/linear” e o que apresenta “várias facetas de um mesmo ser/objeto”.
- Dica no processo criativo que também podemos usar emoção ou a razão como ponto de partida de criação.
- A Mariana comentou que a presença cênica se revela muito pela intenção do interprete.
- A Olga comentou que a imanência da fenomenologia também fortalece a presença cênica. De uma certa forma, percebo que quando a Mariana fala da intenção, esse seria a transcendência da fenomenologia.
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