“Queremos definir olhar. Primeiro diferenciando-o da visão. A visão é o ato ou o efeito de ver, função sensorial operada pelos olhos sob os efeitos da luz. O olhar é dirigir os olhos para alguém, um objeto, objetos diversos ou para si mesmo, sabendo distinguir cada objeto e diferencia-los de si mesmo.
Diferente é a memória do olhar. A memória do olhar para nós é uma das funções do olhar. Nossa memória não reproduz com exatidão, mas reconhece com nitidez um objeto olhado, uma sensação vivida. Nossa memória nem pode reproduzir as imagens com exatidão porque ela precisa se apropriar dessas imagens e sons para construir diversas funções psíquicas como, por exemplo, os mecanismos de defesa.
E isso só se torna possível porque somos seres carregados energeticamente. Através dos vários movimentos energéticos conseguimos ligar e desligar, apreender, reter, representar, dentre outros movimentos dinâmicos.
Nossa hipótese é que os olhos e a pele são uma única coisa. Um precisa do outro para funcionar, captar, processar, significar. É impossível vivermos sem pele. E se vivemos sem o olho órgão, temos a pele que faz a função da percepção. E cremos que ela só é possível porque envolvendo nossa pele, temos um corpo energético que faz parte desse invólucro. Invólucro que faz parte de uma grande cadeia energética.
Esse corpo que acima de tudo é energético pode se expandir, encolher, transformar e transmutar. Sua velocidade é tão grande que ainda não inventamos nenhuma maquina capaz de medi-la.” (Frinéa Brandão)
O artigo como todo é interessante, então deixo o link aqui para quem queira ler na integra.
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