O solo "Vozes do outono" foi aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura pelo Edital 265-10 de Pesquisa em Dança da Casa Hoffmann Centro de Estudo de Movimentos em 2011 pela Fundação Cultural de Curitiba. A estreia aconteceu no dia 27 de setembro de 2011 no evento DANCON Liga Cultural de Dança em Belo Horizonte.

sábado, 19 de março de 2011

Sabotar a mente

Tudo que se repete tem algo a se notar de importante. Se há tempo não consigo resolver algo, o problema está na minha mente. Não estou dizendo o que é certo ou errado. Quem sou eu para dizer isto, mas só estou dizendo que a mente é a dádiva e também o pior inimigo do homem. Quando percebi estava no circulo vicioso que a minha mente armou, precisei usar a alternativa que era fazer coisas que minha mente dizia que não servia para mim. Só assim consegui sabotar a minha mente. Lógico, precisamos sabotar com mínimo de instinto de sobrevivência. Também não foi na primeira sabotagem que percebi as mudanças, é ao longo de várias sabotagens. Única coisa que me incentivava a sabotar a mente era questionando a minha harmonia. É no final pensava: Que se danem as certezas, pra que elas servem se não consigo a harmonia?! Então pensei: Vamos aceitar as opiniões dos amigos, vamos fazer música mesmo que eu seja péssimo nisto, vamos malhar e ficar gostoso, vamos escutar os tios, vamos transar por transar, vamos ao psicólogo, vamos para fonoaudióloga, vamos dançar como que ninguém estivesse me olhando, vamos sair por sair mesmo não tendo vontade, vamos deixar nos levar de olhos fechados em uma paisagem distinta – afinal não tenho o que perder. Mas de tantas coisas, para quem é cabeção não adianta ir ao cabeção, é o caminho de desequilíbrio da tríade corpo, mente e sentimento. A mudança pode partir de qualquer ponto concomitante ou não, mas estou falando do corpo neste caso específico, se quiser pela mente pode-se ir ao psicólogo, o idealizado por mim é pelo coração, o eficiente é pelo corpo e a dor. Maioria dos meus amigos e eu somos cabeção. Minha vaidade se encontra no intelecto, precisei boicotar o orgulho do intelecto. Quando falo jogar o corpo na fogueira, não é exercício físico, é jogar o seu corpo físico em um sistema espaço sociocultural distinto, para que seja impregnado por ele, isto é um começo, pois saindo de lá sempre pensaremos e sentiremos diferente. Mas também o exercício físico faz parte do processo, se pesquisar sobre bioenergética ela fala sobre isto. Assim como fazer canto (quem canta os males espanta): Cantar permite-nos entender onde estão as cicatrizes da alma. Do mesmo jeito entender seu físico faz perceber essas marcas, essas cicatrizes que a mente não consegue perceber por si só. Hoje desejo a “morte” para mim a cada instante, assim como desejo o mesmo aos meus amigos. Não acredito que o serviu para mim serve para outros, mas que a "morte" cai bem a todos, isso tenho certeza.

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