O olhar me parece que é o instantes em que dois universos se tocam. Esses encontros podem acontecer por meio de várias circunstancias energéticas: Ying e Yang que se aproximam, interesses intelectuais em comum, admiração ao virtuosismo, afetividade em comum, competitividade profissional, etc. Com os estudos da desCompanhia de dança compreendi que posso mudar a polaridade e o estado do meu ser a fim de obter diferentes conectividade/relações com outros mundos. Contudo antes de modificar o meu sistema energético necessito do “olhar elevado” como se fosse um “satori” do instante. Seria um estado não-manifestado para compreendermos o nosso entorno. Com ela posso fazer uma escolha mais consciente do meu foco. Nesse aspecto quando a diretora artística Cintia Napoli solicita que eu respire e pause para reconectar e atualizar em cena, vejo que é uma decisão sábia, mas que na maioria das vezes é difícil fazer, pois em questão de atuação cênica não posso me zerar totalmente. A partir desse paradoxo compreendi que existe um Satori, com S maiúsculo, e outros micros satoris dentro do estar humano, seja no palco ou na vida real. Vislumbrar esses micros-satoris mantendo as demais manifestações escolhidas é o grande desafio para mim como ser humano e artista. Yiuki Doi
P.S. Parece-me que a melhor forma de estar no instante presente é uma busca da atenção no corpo: Respiração, textura, perceber o olhar do público, temperatura do ambiente, etc.
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