O solo "Vozes do outono" foi aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura pelo Edital 265-10 de Pesquisa em Dança da Casa Hoffmann Centro de Estudo de Movimentos em 2011 pela Fundação Cultural de Curitiba. A estreia aconteceu no dia 27 de setembro de 2011 no evento DANCON Liga Cultural de Dança em Belo Horizonte.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Flor seca

Ontem vi uma flor num campo seco e árido.
Talvez o vento semeou-a por um engano, pois lá não havia como prosperar.
O caule estava todo contorcido, as folhas diminutas e enrugadas, mas ela não tinha desistido da vida. Contudo o ambiente a tinha tornada seca e áspera. Notei que por meio de um esforço sobrenatural tentou-se florir. Mas as pétalas ocras desbotadas de tão fracas não conseguiam se abrir. Se lá dentro existe um néctar ressecado, nenhuma abelha teria como saber. No balançar do vento, por um momento ela me olhou, mas logo se encurvou envergonhada de si mesma. Olhei-a pela última vez, levantei e continuei o meu caminho, mas eu sabia que ela iria morrer seca e sozinha. Yiuki após o APAE

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que as pessoas buscam…

No fundo o que as pessoas buscam não é religião, dinheiro, status, conhecimento, amor, etc. Creio que as pessoas buscam simplesmente a paz de espírito. Contudo, o que cada uma delas entende dessas duas palavras é a grande busca individual do ser humano. Recordo da frase do Goethe que diz que "Feliz é o homem que pode achar a relação entre o começo e o fim de sua vida.", acho excelente e concordo plenamente com ela. Talvez o livre arbítrio é a escolha dessa crença pessoal que traz a leveza da vida chamada de paz de espírito ou simplesmente de felicidade.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vídeo pesquisa

 

Vou-me Embora pra Pasárgada - Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
-- Lá sou amigo do rei --
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

Manuel Bandeira: sua vida e sua obra estão em "Biografias".

Shangri-La

Shangri-la, da criação literária de 1925 do inglês James Hilton, Lost Horizon (Horizonte Perdido), é descrito como um lugar paradisíaco situado nas montanhas do Himalaia, sede de panoramas maravilhosos e onde o tempo parece deter-se em ambiente de felicidade e saúde, com a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências. Shangri-la será sentido pelos visitantes ou como a promessa de um mundo novo possível, no qual alguns escolhem morar, ou como um lugar assustador e opressivo, do qual outros resolvem fugir. O romance inspira duas versões cinematográficas nas décadas seguintes.

No mundo ocidental, Shangri-la é entendido como um paraíso terrestre oculto.[1]

Extraido do Wikipédia

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desfazer-se

No desfazer da nuvem, brota-se mais água na terra.

Estrela cadente

Há uma razão, no curto brilho de uma estrela cadente.

Na tragédia contemporânea, o amor é morto por ele mesmo… Pascal Bruckner

“Na tragédia contemporânea, o amor é morto por ele mesmo, morrendo de sua própria vitória. É exercendo-se que ele se destrói, sua apoteose é seu declínio. Nossos romances nunca tiveram vida tão breve, nunca foram retomados tão depressa no leito da conjugalidade, uma vez que nada se opõe a seu florescimento. Miséria mais sorrateira do que qualquer outra, pois nasce da saciedade, e não da falta”  Filósofo Pascal Bruckner, no ensaio O Paradoxo Amoroso