O solo "Vozes do outono" foi aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura pelo Edital 265-10 de Pesquisa em Dança da Casa Hoffmann Centro de Estudo de Movimentos em 2011 pela Fundação Cultural de Curitiba. A estreia aconteceu no dia 27 de setembro de 2011 no evento DANCON Liga Cultural de Dança em Belo Horizonte.

domingo, 30 de junho de 2013

Release da obra / Ficha técnica

DANCON - Liga cultural de dança<br />Camaleões: Festa contemporânea , Clênio Magalhães + Foto Persona BH<br />©netun lima/Divulgação

Entende-se que para vivermos bem precisamos compreender a morte. O Outono é o preparo para a chegada do Inverno. O solo “Vozes do Outono” fala dos questionamentos que surgem nesse momento: O que é paz de espírito? É possível sentir intensamente o Outono? Para que serve o Inverno? Essas perguntas são dadas ao público por meio de ‘Haikais’ dançantes. São imagens cênicas contemplativas, que podem vir a ser reflexões. Em busca dessas metáforas, o solo transita na tênue diferença entre gesto, símbolo, teatro e dança. Apesar disso, essas diferenças pouco importam em cena, pois os contornos entre elas desaparecem transformando-se apenas em imagens poéticas dentro de uma atmosfera cênica etérea. Inspirando-se no ‘Haikai’, a obra não procura dar respostas ao público, pois cada espectador precisa buscá-las dentro de si mesmo. Assim, as perguntas poéticas precisam ser correspondidas com imagens poéticas pessoais. O solo “Vozes do Outono” é um trabalho que explora a natureza efêmera da dança numa metalinguagem própria à Vida.

  • Criação e interpretação: Yiuki Doi
  • Orientação artística: Ailton Galvão, Cintia Napoli e Olga Nenevê
  • Concepção sonora: Edith de Camargo e Yiuki Doi
  • Iluminação: Erika Mityko e Yiuki Doi
  • Figurino e cenário: Yiuki Doi
  • Produção: Cindy Napoli
  • Realização: desCompanhia de dança
  • Tempo da obra: 19 minutos
  • Público: Jovens e Adultos

 


Voices of the Autumn

It's undersood that for us to live well, we must understand death. Autumn is the preparation for the arrival of winter. The solo "Voices of the Autumn" speaks of the emerging questioning of this time: What is it to be at peace? Is it possible to intensely feel the autumn? What is the winter any good for? These are questions brought to public through dancing 'Haikais'. They are contemplative scenic images, which may come to be reflections. In search of these metaphors, the solo transits in the tenuous difference between gesture, symbol, theatre and dance. Despite this, these differences are of little importance in scene, for the contours between them disappear turning them into poetic images in an ethereal scenic atmosphere. Inspired by the 'Haikai', the piece does not seek to provide answers to the public, for each spectator must find these within themselves. This way, the poetic questions must be corresponded with personal poetic images. The solo "Voices of the Autumn" is a work which explores the ephemeral nature of dance in a metalanguage proper to Life.

Vozes do Outono, 15 de Junho de 2013: Apresentação no Assentamento dos Contestado do MST, Lapa – PR

Foi um grande prazer poder compartilhar o “Vozes do Outono” no projeto PRONATEC/2013 (Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego) realizado em parceria com o IFPR (Instituto Federal do Paraná) através da Agente Cultural Sylviane Guilherme. A apresentação aconteceu no dia 15 de julho de 2013, às 20h, no Assentamento Contestado do MST no Município da Lapa – PR .
Este solo nasceu com a vontade de poder apresentá-lo em lugares mais variados: (igreja, associações, escolas, etc.), por isso ele foi configurado com a platéia em semi-arena, com cenário fácil de transportar e com uma Iluminação simples. Acho importante criarmos trabalhos “pocket” a fim de levar uma magia cênica em lugares alternativos.
Muito obrigado pela oportunidade.
Abraços. Yiuki Doi

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vozes do Outono - EM CAPTAÇÃO (2013-2014)

Projeto aprovado na Edital Mecenato Subsidiado 2012 da Fundação Cultural de Curitiba.

Com prazer comunicamos a aprovação do projeto, agora estamos na fase de captação. Este projeto Haikais Dançante dará continuidade e à pesquisa do solo Vozes do Outono. As Empresas Curitibanas interessadas em incentivar o projeto poderão disponibilizar o ISS (Imposto sobre Serviços) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) diretamente para ele. A seguir o nosso contato e a proposta do projeto. Atenciosamente. Equipe desCompanhia

desCompanhia de dança
descompanhiadedança@gmail.com
+55 41 3233 8034
skype: descompanhia

HAIKAIS DANÇANTES
Solo de dança contemporânea
Direção Artística: Cintia Napoli
Bailarino Criador: Yiuki Doi

capa CAPITAÇÃO 130414Y

 

Proposta do projeto:

Produção e circulação de um solo de dança contemporânea em lugares alternativos como museus, ruas da cidadania, escolas de ensino regular, universidades, entre outros. Após a produção e circulação do espetáculo nas regionais de Curitiba, a proposta do projeto é realizar uma temporada de três semanas no teatro incentivando dessa maneira a comunidade frequentá-lo. Para tal fim, a circulação do espetáculo será gratuita e a temporada terá ingressos acessíveis. O projeto Haikais Dançantes ainda prevê a realização da palestra “Um olhar sobre a dança em Curitiba sob a perspectiva da contemporaneidade” na abertura da temporada no teatro com a Cristiane Wosniak (Prof. da Faculdade de Artes do Paraná e Curso de Dança Moderna da UFPR). A partir dessas ações conjuntas, o projeto propõe formação de plateia em dança contemporânea, fomento à arte e à cultura na cidade de Curitiba.

O projeto Haikais Dançantes buscará imagens poéticas que se transformam em reflexões através de uma dança efêmera como a vida. Entende-se que para vivermos bem precisamos compreender a morte.

sábado, 18 de agosto de 2012

Release da obra / Ficha técnica

DANCON - Liga cultural de dança<br />Camaleões: Festa contemporânea , Clênio Magalhães + Foto Persona BH<br />©netun lima/Divulgação

Entende-se que para vivermos bem precisamos compreender a morte. O Outono é o preparo para a chegada do Inverno. O solo “Vozes do Outono” fala dos questionamentos que surgem nesse momento: O que é paz de espírito? É possível sentir intensamente o Outono? Para que serve o Inverno? Essas perguntas são dadas ao público por meio de ‘Haikais’ dançantes. São imagens cênicas contemplativas, que podem vir a ser reflexões. Em busca dessas metáforas, o solo transita na tênue diferença entre gesto, símbolo, teatro e dança. Apesar disso, essas diferenças pouco importam em cena, pois os contornos entre elas desaparecem transformando-se apenas em imagens poéticas dentro de uma atmosfera cênica etérea. Inspirando-se no ‘Haikai’, a obra não procura dar respostas ao público, pois cada espectador precisa buscá-las dentro de si mesmo. Assim, as perguntas poéticas precisam ser correspondidas com imagens poéticas pessoais. O solo “Vozes do Outono” é um trabalho que explora a natureza efêmera da dança numa metalinguagem própria à Vida.

  • Criação e interpretação: Yiuki Doi
  • Orientação artística: Ailton Galvão, Cintia Napoli e Olga Nenevê
  • Concepção sonora: Edith de Camargo e Yiuki Doi
  • Iluminação: Erika Mityko e Yiuki Doi
  • Figurino e cenário: Yiuki Doi
  • Produção: Cindy Napoli
  • Realização: desCompanhia de dança
  • Tempo da obra: 19 minutos
  • Público: Jovens e Adultos

 


Voices of the Autumn

It's undersood that for us to live well, we must understand death. Autumn is the preparation for the arrival of winter. The solo "Voices of the Autumn" speaks of the emerging questioning of this time: What is it to be at peace? Is it possible to intensely feel the autumn? What is the winter any good for? These are questions brought to public through dancing 'Haikais'. They are contemplative scenic images, which may come to be reflections. In search of these metaphors, the solo transits in the tenuous difference between gesture, symbol, theatre and dance. Despite this, these differences are of little importance in scene, for the contours between them disappear turning them into poetic images in an ethereal scenic atmosphere. Inspired by the 'Haikai', the piece does not seek to provide answers to the public, for each spectator must find these within themselves. This way, the poetic questions must be corresponded with personal poetic images. The solo "Voices of the Autumn" is a work which explores the ephemeral nature of dance in a metalanguage proper to Life.

Kirigami–Lisa Rodden

Imagem abaixo retirado deste site.

A artista australiana Lisa Rodden corta e dobra pedaços de papel em cima de pinturas em tinta acrílica para criar essas incríveis esculturas.

 


p.s. encontrei outra artista bacana que utiliza técnica similar. Yiuki

Artist:Eiko Ojala.
Vertical landscape-Paper Landscape.

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domingo, 29 de julho de 2012

Processo 041

A seguir se encontram as anotações do processo de criação do solo. Muitas vezes os relatos são didáticos demais, mas isso se deve à necessidade compartilhar o universo de pesquisa e criação da dança para um público geral e, principalmente, para a administração pública do município de Curitiba.

Yiuki Doi

sábado, 3 de março de 2012

Proposta de encenação

Trilhos_ 028

A presente obra visa, através de atos cênicos, propor reflexões a respeito das relações entre morte e vida, entendendo que a primeira é inerente à segunda, uma vez que a interdependência dos opostos é uma condição existencial dos entes em processo de sucessivas transformações. Isto é Vida.

Partindo desse ponto de partida, a dramaturgia cênica foi tecida relacionando o sagrado e o profano, por exemplo: rastejamento e vôo; razão e desrazão; rompimento e tradição; fecundação e esvanecimento; eternidade e efemeridade; nascimento e morte; casulo e sepulto; confetes e cinzas, etc. Além destes fenômenos contrastantes, dialéticos, entrelaçou-se cenicamente o entendimento de que a demasiada clareza da obra artística não oferece necessariamente o devido espaço para a ampliação do ato de imaginação do público. Sendo assim, o paradoxo causado pelas dualidades, além de condizer com a temática da obra, possui a função de eduzir a imaginação do espectador por meio de um estado de obnubilação.

A tentativa em estimular a imaginação do público aliada à temática da obra aproximou a pesquisa dramatúrgica ao Haikai.

O Haikai é uma poesia nipônica sucinta (três linhas e dezessete sílabas) que possui o objetivo de “capturar a essência do local numa poesia contemplativa e descritiva com grande valorização nos contrastes, na transformação e dinâmica, na cor, nas estações do ano, na união com a natureza, no que é momentâneo versus o que é eterno”(1). A afinidade com essa forma de poesia trouxe ao solo a investigação de movimento inspirada no aspecto psicológico e representativo dos cinco elementos da natureza: água, terra, árvore, fogo e ar.

Para concatenar a complexidade preposta, a escolha do material cênico foi demorada e crucial; afinal, era necessário encontrar um potencial imagético que abordasse todas essas peculiaridades. Após três meses de pesquisa, a solução encontrada foi mostrar a interação entre contrastes estéticos que a dança do intérprete criava, interagindo com o figurino e o cenário pesquisado:

  • Figurino: camisa social branca de manga super comprida;
  • Cenário: chão repleto de confetes de carnaval.

Assim, juntando com a investigação das imagens internas do bailarino, que conduz suas improvisações, definiu-se que o seu trabalho cênico seria o de promover certa atmosfera do teatro por meio desses dois elementos, os quais interatuados pelo movimento da dança poderiam evocar imagens de vida e morte ao público. Também, condizendo com a temática, as telas pintadas deveriam ser sucessivamente desfiguradas por uma dança que estimulasse as sensações ancestrais humanas por meio de gesto, rito e simbologia.

Por fim, de todo este processo ora exposto é um solo singelo, contemplativo, sem virtuosismo físico, mas que propõe um dueto com a imaginação do espectador através da abstração daquilo que é inteligível em cena; trata-se, portanto, de obra aberta de interpretação para espaços alternativos a fim de difundir esta modalidade de arte e promover a formação de um público voltado à dança contemporânea, a qual seja possível contemplar uma diversidade de espaços tais como salas de aula em escolas múltiplas, espaços abertos ou não em museus, espaços ociosos em prédios de administração pública, associações, igrejas, teatro intimista, etc.

(1) Retirado do texto “O zen e a arte do Haikai” hospedado no endereço eletrônico: http://www.insite.com.br/rodrigo/poet/haikai.html